MERCADO
Bolsa
A temporada de resultados segue ajudando o Ibovespa com o mercado reavaliando preços de papéis após conhecer os dados do 1º semestre e com a repercussão ontem dos dados de emprego nos EUA. Ontem o índice fechou com ganho de 0,90%, aos 128.661 pontos. No exterior, o dia foi também de alta expressiva nas bolsas de NY, (Dow Jones: +1,76%, o S&P500: +2,30% e o Nasdaq: 2,87%). Hoje, na Ásia, o fechamento foi positivo e a tendência lá fora é positiva, mas o prejuízo da Petrobras deverá repercutir na B3. Além disso, a sexta-feira traz dados indicadores domésticos que podem mexer com o mercado (ver anexo). A fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também chamou atenção sobre o futuro da Selic. Vale lembrar que o processo político começa de fato nos próximos dias e a polarização deverá ser forte na disputa pelas grandes prefeituras, podendo prejudicar assuntos de pauta.
Câmbio
A moeda americana (spot) caiu 1,52% no fechamento de ontem a R$ 5,5471 com recuo de 3,15% na semana, após permanecer acima de R$ 5,60 nas últimas 11 sessões. Os dados do mercado de trabalho divulgados nos EUA reduziram a pressão sobre os ativos de risco.
Juros
As taxas dos contratos de juros futuros permaneceram perto da estabilidade, aliviadas pelos indicadores mais recentes e o DI para jan/25 foi de 10,684% para 10,685% e para jan/30 de 11,849% para 11,846%.
Petróleo
Os contratos de petróleo tiveram dia de alta com o WTI (Nymex) a US$ 76,19 o barril (+1,28%) para setembro e para outubro o Brent (ICE) avançou 0,78% a US$ 78,94 o barril.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
B3 S.A. (B3SA3)
Lucro recorrente do 2T24 sobe 5% em base anual
A B3 registrou no 2T24 um lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, construído a partir do crescimento de 10% da Receita Líquida para R$ 2,7 bilhões, alta de 8% do EBITDA recorrente que somou R$ 1,8 bilhão (margem de 73,3%) e que compensaram a piora do resultado financeiro. O volume médio diário negociado no mercado de ações caiu 11,2% no 2T24 para R$ 23,9 bilhões. Programa de recompra foi elevado de 230 para 340 milhões de ações, com término em 28.02.2025.
Sabesp (SBSP3)
Melhora operacional e baixa alavancagem
A Sabesp registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 2T24 (+63% s/2T23), reflexo do crescimento de 10% da Receita Líquida (R$ 6,7 bilhões) e incremento de 35% no EBITDA ajustado que alcançou R$ 3,0 bilhões (margem de 54,2%). O resultado financeiro piorou, por conta da variação cambial, mas a alavancagem permanece controlada. Ao final de junho/24 sua dívida líquida era de R$ 16,6 bilhões equivalente a 1,5x o EBITDA.
Lojas Renner (LREN3)
Bom desempenho no 2T24 com lucro líquido de R$ 315,0 milhões (+37,1%) e crescimento de 64,3% no 1S24 somando R$ 454,2 milhões
A companhia teve um bom desempenho no 2T24/2T23 e no acumulado do 1S24. A receita líquida de varejo somou R$ 3,1 bilhões (+3,2%) e no 1S24 foi a R$ 5,5 bilhões (+5,3%). O EBITDA do 2T24 marcou R$ 635,7 milhões (+18,8%) e no 1S24 atingiu R$ 1,0 bilhão (+25,5%). A posição líquida de caixa reduziu levemente, a R$ 1,15 bilhão, devido à utilização de recursos para pagamento de JSCP no montante de R$ 292,8 milhões no período de 6 meses.
Petrobras (PETR4)
Prejuízo no 2T24 e distribuição de proventos
A empresa reportou no 2T24 um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões, influenciado principalmente pela variação cambial (com resultado financeiro negativo de R$ 36,4 bilhões no trimestre) e o efeito de R$ 11,9 bilhões da adesão à transação tributária no resultado. O EBITDA ajustado recorrente dos valores acima, somou R$ 62,3 bilhões. bilhões (+5,5% em 12 meses). Destaque para sua geração de caixa, com fluxo de caixa livre de R$ 31,9 bilhões; para os investimentos de R$ 3,4 bilhões; e sua reduzida alavancagem, equivalente a 0,95x o EBITDA. Proventos: Foi aprovado a distribuição de dividendos e JCP de R$ 13,57 bilhões (R$ 1,0532/ação) com as ações ‘ex’ em 22/08 e retorno líquido de 2,7%.
Grendene (GRND3)
No 2T24, lucro líquido de R$ 41,6 milhões (-27,2% s/ o 2T23) e R$ 181,3 mm no 1S24 (+0,5%)
A empresa encerrou o 2T24 com receita liquida de R$ 480,3 milhões (+3,6%) e alta de 3,7% no comparativo semestral a R$ 1,02 bilhão. A empresa melhorou a margem bruta nos dois períodos a 43,7% no 1S24. O EBITDA cresceu 75,6% no 2T24 a R$ 42,7 milhões e no 1S24 foi a R$ 155,9 milhões (+78,4%). Os volumes de pares vendidos mostraram pequenas variações no 2T24/2T23 (-0,4%) e no 1S24/1S23 (-1,9%). A geração de caixa operacional somou R$ 637,2 milhões e o caixa líquido final foi para R$ 1,5 bilhão. A empresa distribuirá R$ 0,01466/ação em dividendos (ex-div: em 22/08/24).
Ibovespa sobe 0,90% com melhora dos mercados lá fora e resultados do 2T24 do nosso lado
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