Ibovespa fecha com alta de 0,80% com recuperação das bolsas internacionais
MERCADO
Bolsa
O Ibovespa fechou com alta de 0,80% a 126.267 pontos com giro financeiro de total foi de R$ 22,7 bilhões (R$ 19,1 bilhões â vista). A divulgação da ata do Copom trouxe novamente especulações sobre a possibilidade de uma alta da Selic à frente, enquanto o mercado ainda acredita na manutenção da taxa em 10,50%, até o final do ano. Nos EUA, as expectativas também mudam muito rápido. Se na segunda-feira se falava em risco de recessão, ontem o ambiente já não era tão pesado e as bolsas recuperaram partes das perdas do dia anterior. Com isso, as bolsas de NY fecharam em alta após a queda forte do dia anterior. O Dow Jones avançou 0,76%, o S&P500 ganhou 1,04% e o Nasdaq subiu 1,03%. Hoje, as bolsas da Europa abriram em alta, na esteira da alta das bolsas americanas, ontem.
Câmbio
A rápida mudança no humor dos investidores para ativos de risco, derrubou o dólar ontem (-1,05%) a R$ 5,6628 ainda mantendo alta bastante expressiva no ano a 16,60%.
Juros
Os juros futuros que vinham em acomodação tiveram os contratos puxados para cima no fechamento de ontem, com o DI para jan/25 passando de 10,587% para 10,698% e para jan/30 de 11,778% para 11,866%. O assunto, expectativa de juros no Brasil e principalmente nos EUA, segue ditando o rumo dos mercados e sustentando migração de ativos para a renda fixa.
Petróleo
Os contratos de petróleo tiveram comportamento distinto no fechamento de ontem, com o WTI (Nymex) para setembro fechando com ganho de 0,36% a US$ 73,20 e o Brent (ICE) para outubro a US$ 76,28 (-0,03%).
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Itaú Unibanco (ITUB4)
Bom resultado com redução do custo do crédito e estabilidade da inadimplência
O Itaú reportou no 2T24 lucro líquido recorrente de R$ 10,1 bilhões (ROAE de 22,4%), com incremento de 15% em base anual, acumulando R$ 19,8 bilhões no 1S24 (+16%). Do lado positivo no 2T24 o crescimento de 6% da Margem Financeira (+5% com clientes e +31% com o mercado); redução de 7% no Custo do Crédito e aumento das Receitas de Serviços (+9%) e de Seguros (+14%). As Despesas Não Decorrentes de Juros cresceram pouco acima da inflação e o Índice de Eficiência melhorou 0,8pp em 12 meses para 38,8%. A carteira de crédito expandida cresceu 8,9% em base anual, com estabilidade da inadimplência em 2,7%. Um resultado consistente, em linha com o esperado. O guidance foi mantido.
Prio (PRIO3)
Melhora operacional com redução da alavancagem
No 2T24 a PRIO reportou um lucro líquido (ex-IFRS 16) de US$ 272 milhões (+48% em 12 meses), com melhora operacional e alta do Brent, compensando redução de 1% na produção em 12 meses e o aumento de 3% do lifting cost para US$ 7,6/bbl. O EBITDA ajustado somou US$ 546 milhões (+64% em 12 meses) com margem de 78% (+4pp). Ao final do 2T24 a dívida líquida da companhia era de US$ 740 milhões equivalente a 0,4x o EBITDA ajustado.
Vibra Energia (VBBR3)
Forte recuperação de lucro e EBITDA no 2T24
A Vibra reportou um lucro líquido de R$ 867 milhões com maior geração operacional e melhora do resultado financeiro. O EBITDA ajustado cresceu 70% para R$ 1,55 bilhão, com margem Ebitda ajustada de R$ 176/m³ (+74%). Ao final de junho/24 sua dívida líquida era de R$ 10,7 bilhões (1,0x o EBITDA).
Odontoprev (ODPV3)
Lucro líquido de R$ 122,4 milhões no 2T24 (+4,4% s/ o 2T23). No 1S24, R$ 277,7 milhões (-2,3%)
A companhia confirmou mais um bom desempenho trimestral, com receita líquida de R$ 558,1 milhões no 2T24 (+5,8% s/ o 2T23) e R$ 1,1 bilhão (+5,4% s/ o 1S23) com evolução de 4,2% no número de beneficiários a 8,77 milhões em junho/24. O EBITDA ajustado cresceu 9,9% no 2T24 a R$ 162,1 milhões e no 1S24 marcou R$ 364,5 milhões (+4,3%). Destaque positivo para a confortável posição de caixa de R$ 1,23 bilhão. Dividendos – Foi aprovada a distribuição de dividendos trimestrais no montante de R$ 85.478.453,22, correspondentes a R$ 0,1561459730/ação, desconsideradas 5.069.100 ações em Tesouraria nesta data. Pagamento: 03/04/25. As ações negociarão EX a partir de 26/08/24, inclusive. Retorno: 1,40%.
GPA (PCAR3)
No 2T24, prejuízo consolidado de R$ 332 milhões, acumulando perda de R$ 992 milhões no 1S24 (+47,4% s/ a prejuízo do 1S23)
No 2T24, receita líquida somou R$ 4,49 bilhões (+2,5% s/ o 2T23) e no 1S24 foi a R$ 9,1 bilhões, com melhora na margem bruta a 27,7% no 1S24. O EBITDA ajustado cresceu 57,2% no 2T24 a R$ 396 milhões e no 1S24 foi a R$ 767 milhões (+63,6%). Destaque para a redução sequencial da alavancagem financeira pré-IFRS 16(3) que atinge 2,8x, com queda de R$ 1,2 bilhão da dívida líquida vs. 2T23. Com isso, o resultado financeiro líquido caiu de R$ 338 milhões no 2T23 para R$ 319 milhões, considerando despesas de arrendamentos.
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