Ibovespa cai 1,21% refletindo piora do cenário no exterior
MERCADO
Bolsa
Ibovespa encerrou a sexta-feira com queda de 1,21% aos 125.85f4 pontos, com giro financeiro de R$ 24,8 bilhões (R$ 20,3 bilhões à vista), marcando queda de 1,29% na semana. O dia foi influenciado pelos dados do payroll (relatório de empregos nos EUA) abaixo das expectativas, trazendo de volta incertezas sobre decisão para os juros do país mais à frente. Pressão também sobre as bolsas americanas que foram para baixo com o Dow Jones cedendo 1,51%, o S&P500 recuando 1,84% e o Nasdaq perdendo 2,43%. Os índices de NY vinham testando picos na semana anterior, mas as expectativas em relação a juros começaram a mudar novamente. Hoje as bolsas da Europa abriram em baixa, repercutindo os dados americanos da sexta-feira e o temor de recessão no país. Do nosso lado, destaque para a agenda da semana e para o fluxo de estrangeiros que começaram o mês com retirada de R$ 584,5 milhões no dia 01/08. Em julho o saldo foi positivo em R$ 3,55 bilhões após 6 meses de quedas consecutivas.
Câmbio
O dólar spot recuou 0,33% na sexta-feira a R$ 5,7275 após duas altas significativas nas duas sessões anteriores. Mesmo assim, a moeda voltou a assumir um nível elevado que mostra cautela de investidores diante do cenário atual.
Juros
Os contratos de DI caíram forte na sexta-feira em dia de queda também dos Treasuries, após a divulgação dos dados do payroll fracos em julho, gerando novas expectativas para os juros dos EUA, para a próxima reunião do Fomc. O DI para jan/25 passou de 10,691% para 10,564%. Para jan/30 a taxa caiu de 12,085% para 11,809%.
Petróleo
Os contratos de petróleo despencaram no dia com o WTI (Nymex) para setembro a US$ 73,52 o barril (-3,66%) e o Brent (ICE) para outubro a US$ 77,50 o barril (-2,54%). A piora do cenário geopolítico no Oriente Médio tem mexido com os preços do petróleo nestes últimos dias com mais intensidade, além da medida de estoques nos EUA, que também influenciam os mercados.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Banco Bradesco S.A. (BBDC4)
Melhora operacional com queda de PDD e de inadimplência
O Bradesco reportou no 2T24 um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões (ROAE de 11,4%) com alta de 4% frente o 2T23, refletindo a redução do custo de crédito por PDD menor, aumento de margem financeira, das receitas de serviços e do resultado de seguros. Já as Despesas Operacionais cresceram 10,6% em 12 meses, em percentual acima da inflação. A carteira de crédito expandida, com alta de 5,0% em 12 meses, alcançou R$ 912,1 bilhões (+5,7% em PF e +4,5% em PJ). A inadimplência caiu de 4,8% no 1T24 para 4,3% no 2T24. Um bom resultado, com crescimento nas principais linhas, aquém do potencial do banco.
BB Seguridade (BBSE3)
2T24 em linha e distribuição de dividendos
No 2T24 a companhia registrou lucro líquido ajustado R$ 1,87 bilhão (+2% em 12 meses), reflexo do crescimento de 12% do resultado no segmento de distribuição através da BB Corretora e que compensou a redução de 4% dos negócios de risco e acumulação (notadamente da Brasilprev – com queda de 23% em 12 meses). As despesas administrativas caíram 1% e o resultado financeiro cresceu 10%. O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos de R$ 2,7 bilhões (R$1,39090855697/ação), que serão pagos no dia 30/08 com base no dia 16/08 sendo as ações negociadas ex-dividendos a partir de 19.08.2024. O retorno estimado é de 4,0%. O cenário competitivo favorece a empresa que apresenta um sólido histórico de governança corporativa e amplo canal de distribuição através do segmento de varejo do Banco do Brasil.
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