Ibovespa sobe 1,20% e fecha julho com ganho de 3,02%
MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou a última sessão de julho com alta de 1,20% a 127.652 pontos e giro um pouco melhor que nos dias anteriores, com R$ 23,2 bilhões no total e R$ 20,2 bilhões à vista. A decisão do Federal Reserve em manter os juros inalterados, já era esperada, mas a sinalização de que a 1ª redução pode vir em setembro foi o suficiente para uma reação das bolsas de NY e no Brasil. Os mercados já vêm precificando esta expectativa que deve seguir no radar nas próximas semanas. No Brasil, o Banco Central manteve a Selic em 10,50% e o mercado vai aguardar as atas dos dois eventos. O cenário geopolítico vem piorando nos últimos dias e com risco de uma escalada de ataques no Oriente Médio, agora com ameaças do Irã a Israel, após os fatos mais recentes, o que já refletiu nos preços do petróleo ontem. No mês, o Ibovespa marcou alta de 3,02% com a puxada do último dia, com destaque para empresas que divulgaram bons resultados (Weg e Tim) na ponta de alta.
Câmbio
O dólar no mercado spot fechou o dia com alta de 0,64% a R$ 5,6501 marcando ganho de 1,00% em julho, com investidores mostrando cautela na reta final do mês, elevando o ganho do ano para 16,33%.
Juros
O mercado de juros futuros permaneceu calmo no mês sem grandes flutuações diante da boa previsibilidade de indicadores econômicos. Para jan/25 a taxa do DI fechou estável em 10,721% e para jan/30 a taxa recuou de 12,135% para 12,014%. Os juros do Treasuries em NY fecharam em baixa, com o juro da T-note de 2 anos a 4,256% e o da da T-note de 10 anos a 4,031%.
Petróleo
O destaque do dia foi a arrancada dos contratos de petróleo, impulsionados pelo aumento da tensão no Oriente Médio nos dois dias anteriores entre Israel e países vizinhos. As ameaças ao fornecimento de petróleo refletiram na alta de 5,07% no contrato do WTI (Nymex) para setembro a US$ 78,52 o barril e o Brent (ICE) foi para US$ 80,72 o barril (+2,66%). Ressaltamos que os preços já experimentaram preços bem superiores a estes de ontem, mas as oscilações preocuparam os mercados.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
ISA Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4)
Melhora operacional e crescimento do lucro
A Cteep registrou no 2T24 lucro líquido em base regulatória de R$ 426 milhões (+63% em 12 meses) construído a partir do crescimento de 25% da Receita Líquida que alcançou R$ 1,1 bilhão reflexo da energização de dois projetos greenfield e por reajuste do ciclo tarifário. Destaque para a alta de 30% no EBITDA que somou R$ 891 milhões, com margem de 80,1% (+3,1pp em 12 meses). Ao final de junho/24 sua dívida líquida era de R$ 9,3 bilhões equivalente a 2,4x o EBITDA.
Copasa MG (CSMG3)
Concessão Divinópolis
A Copasa assinou ontem (30/07) o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e esgoto referente ao Município de Divinópolis, encerrando o processo licitatório, que se encontrava suspenso. Os novos termos do contrato alteram a forma de regulação, que passa de discricionária, no âmbito da Arsae-MG, para contratual, sendo a Arismig a nova responsável pela regulação no município. O prazo de vigência do Contrato (06/2041) foi mantido e o Município representa cerca de 2,3% da Receita Líquida e de 2,5% do EBITDA.
Ambev (ABEV3)
No 2T24, lucro líquido consolidado de R$ 2,45 bilhões (-5,6% s/ o 2T23) e no 1S24 o resultado somou R$ 6,26 bilhões (-2,5%)
No 2T24/2T23, a companhia registrou crescimento de 0,4% no volume de vendas somando 41,4 milhões de hectolitros e no 1S23 o volume aumentou em 0,3% a 86,4 milhões de hectolitros. A receita liquida do 2T24 atingiu R$ 20,0 bilhões (+6,1%) e no 1S24 somou R$ 40,3 bilhões (+4,7%), com manutenção de margens bruta elevada, (50,1% no 1S24). O EBITDA subiu 10,2% no 2T24 a R$ 5,81 bilhões e no 1S24 a R$ 12,3 bilhões (+14,0%). A empresa espera que o CPV/hectolitro excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil (excluindo produtos de marketplace não Ambev) diminua entre 0,5-3,0% no ano. O caixa líquido no final do 2T24 era de R$ 11,9 bilhões.
Gerdau (GGBR4)
No 2T24, lucro líquido cai 55,9% e fica em R$ 945 milhões. No 1S24 recuo de 51,7% somando R$ 2,19 bilhões
No 2T24, a companhia sofreu forte impacto da crise do setor, com redução de 7,5% no volume e vendas de aço somando 2,71 Mt contra 2,93 Mt no 2T23 e baixa de 8,0% no acumulado do semestre ficando em 5,43 milhões de toneladas. A receita liquida do 2T24/2T23 caiu 9,0% a R$ 18,3 bilhões e no 1S24 a redução foi de 11,6% marcando R$ 32,8 bilhões. O EBITDA sofreu ainda mais (-30,8% no 2T24 a R$ 2,62 bilhões e no 1S24 menos 33,0% atingindo R$ 5,43 bilhões. A dívida liquida aumentou de R$ 5,1 bilhõs em março/24 para R$ 594 bilhões em junho e o fluxo de caixa livre caiu forte ficando negativo em R$ 821 no 1S24.
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