Ibovespa encerra junho com ganho de 1,48%, mas o cenário para julho ainda é de incertezas
MERCADO
Bolsa
No último dia de junho, a bolsa mostrou volatilidade nos preços da grande maiores dos papéis e fechou com baixa de 0,32% a 123.907 pontos, com giro financeiro de R$ 21,9 bilhões e R$ 18,5 bilhões à vista. A melhora da bolsa nos últimos dias permitida pela entrada de estrangeiros nos últimos dias, perdeu força nos dois últimos pregões com o mercado dando peso para as muitas falas do presidente Lula na semana. No mês o índice avançou 1,48% e no ano acumula baixa de 7,66%. O começo do segundo semestre não traz sinais de mudança no comportamento do mercado, além da forte dependência do apetite de estrangeiros, que olham oportunidades de momento. O mês de julho abre com as bolsas da Ásia em alta após a divulgação de dados na China (índice gerente de compras – PMI estável em junho e melhora na confiança industrial no Japão. Esta primeira semana de julho traz uma agenda carregada de indicadores e eventos no exterior, lembrando que no dia 04 (quinta-feira) é feriado nos EUA, reduzindo a liquidez do nosso mercado. Destaque também para o resultado do 1º turno das eleições na França, com Macron saindo enfraquecido nesta etapa e ainda sobre eleições, mas em Paris o dia é de alta na bolsa. Outras bolsas da Europa também operam em alta com agenda cheia na semana. Nos EUA, o resultado de uma pesquisa indica que o presidente Biden deveria desistir da reeleição.
Câmbio
O aumento da aversão ao risco puxou novamente o dólar (spot) para cima, cotado R$ 5,5941 na sexta-feira (+1,71%) com ganho de 2,98% na semana e +6,65% em junho. Este comportamento da moeda americana deverá influenciar nos números de empresas com dívidas em dólar e nas exportadoras.
Juros
Nos contratos de DI para jan/25 a taxa ficou estável em 10,622% e para jan/30 passou de 12,160% para 12,218%.
Petróleo
Os contratos de petróleo fecharam a semana em queda com o WTI (Nymex) com baixa de 0,24% a US$ 81,54 o barril para agosto e o Brent (ICE) a US$ 85,00 o barril (-0,30%) para setembro.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
SLC Agrícola S.A. (SLCE3)
Avaliação do portfólio de terras
As terras de propriedade da SLC foram avaliadas, pela Deloitte Touche Tohmatsu Ltda. em R$ 11,59 bilhões, acima de R$ 10,93 bilhões da avaliação anterior. O valor atual do hectare médio agricultável corresponde à R$ 57.555. A companhia informou ainda que, em 2024, houve alterações no seu portfólio de terras, reduzindo em 9.545 hectares agricultáveis, devido ao distrato de uma área de terras em função da impossibilidade de registro do imóvel pela companhia. Desconsiderando estes ajustes, a apreciação do portfólio foi de 7%. Desta maneira o Valor Líquido dos Ativos (NAV) da companhia, em 28/06 alcançava R$ 13,27 bilhões, equivalente a R$ 29,94/ação, acima da cotação de R$ 17,45/ação e portando, ainda não precificado.
Sabesp (SBSP3)
Investidor de Referência
A Sabesp comunicou nesta sexta-feira, o Consórcio liderado por Equatorial Energia S.A., como Investidor de Referência Finalista, cujo Investimento foi de R$ 67,00/ação, correspondente a R$ 6,87 bilhões, pela totalidade das Ações da Alocação Prioritária. Nesta segundo -feira (01/07 terá início o Período de Reserva da Oferta Não Profissional, em que estes Investidores, incluindo Empregados e Aposentados, poderão realizar os seus Pedidos de Reserva de forma irrevogável e irretratável junto às Instituições Consorciadas. As ações SBSP3 fecharam cotadas a R$ 74,67 em 28/06 e podem sofrer ajustes com base no preço de referência ofertado.
BTG Pactual (BPAC11)
Ex JCP de R$ 0,3456/unit em 04/07
O Conselho de Administração do BTG aprovou a distribuição de JCP no valor de R$ 0,3456 por unit, com pagamento em 15/8. Ações ex juros a partir de 04/07. O retorno líquido estimado é de 1,0%.
JHSF Participações (JHSF3)
Venda de 10,70% do Shopping Bela Vista por R$ 79,1 milhões
Em fato relevante, a JHSF Participações anunciou a assinatura de Memorando de Entendimentos com parte do grupo dos atuais coproprietários do Shopping Bela Vista, para a venda de participação de 10,70%, por R$ 79,1 milhões. Após a conclusão dessa transação, somada à venda de participação de 14,31% anunciada em maio, a JHSF reduzirá sua fatia no empreendimento para 1%.
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